não precisava de editor para as maximas. — Resgatado da imprensa o meu 1.º volume já corria pelo mundo.
Estava saboreando a leitura do mais pomposo elogio, que jámais se teceu a nenhum outro homem de letras, quando entrou o Sr. Gusmão. O Sr. Gusmão era typographo e trabalhava na officina onde se imprimio o volume. Vinha buscar os originaes do segundo.
— Meu caro Sr. Gusmão, assente-se, então como vai?
— Remendando a vida.
— Já leu o meu livro?
— Sim, senhor.
— Francamente, como o-acha?
— Volumoso...
— Volumoso, sim, quasi que abrange trezentas paginas. Já comecei a urdir um poema heroico.
— Que titulo?
— Homem, ainda não sei; talvez lhe ponha o titulo em lingua indigena, quero vêr se desperto a literatura nacional.
— E' muito preciso.
— Se o-é. O Sr. Gusmão entende de poesias?