A impressão mundana, aristocrática, era para mim uma influência política puramente negativa, como o tinha sido a impressão artística da Itália ou a impressão literária de Paris. O efeito da sociedade, como o das artes e das letras, não era outro senão o de impedir o desenvolvimento do gérmen revolucionário que as leituras francesas dos vinte anos tinham deixado em meu espírito. Sem aquelas influências, entregue a meus próprios impulsos, do mesmo modo que meu liberalismo inato degenerou em radicalismo, – o qual foi em mim um puro fenômeno de estagnação em um espaço político fechado, – o radicalismo teria degenerado em republicanismo.

Um distinto escritor, que costumo encontrar na Revista Brasileira, o dr. Pedro Tavares, dessa ordem de republicanos a que chamarei prematuros, mais de uma vez me tem estranhado o que chama o desvio de minha evolução política.