mulher, na capacidade para o governo livre.

Que homem diferente, porém, é o americano do inglês! Os moldes são tão diversos que, para explicar a diferença, é preciso admitir uma influência modificadora mais forte do que a de instituições sociais, uma influência de região, – cada grande região do globo produzindo como o tempo uma raça sua, diferente das outras. As instituições modificam o caráter de um povo, mas não se provou ainda que lhe modificassem o tipo e o temperamento físico. Qual seria a diferença entre o grego do tempo de Milcíades e do tempo de Alexandre ou de Trajano? Qual a diferença do napolitano do tempo de Afonso o Grande para o rei Umberto, ou do português manuelino para o de hoje?

A comparação do maquinismo político-social entre a América do Norte e a Inglaterra é, em quase tudo, favorável a esta. As instituições inglesas, tanto as políticas quanto as judiciárias, tanto as públicas quanto as privadas, têm mais dignidade, mais seriedade, mais respeitabilidade. Na Câmara dos Comuns não se imagina o processo do lobbying, não há na administração inglesa o spoils system, ninguém pensaria em squaring um tribunal inglês, não há na Inglaterra um trecho de território em que os cidadãos só tenham confiança na justiça que fazem por suas mãos, como nos lynchings americanos. A todos