os que têm que tratar com a administração, que estão na dependência da justiça, a organização americana oferece muito menos garantias de eqüidade e menor proteção do que a inglesa.

Isto, por um lado; por outro, quem entra na vida pública tem que procurar nos Estados Unidos as boas graças de indivíduos muito diferentes dos que na Inglaterra abrem aos principiantes as portas da política; além disso, tem que aprender por um catecismo muito mais relaxado. A intervenção do grande pensador, do grande escritor, do homem competente, faz-se sentir na Inglaterra mais do que nos Estados Unidos, onde as massas obedecem a influências que não têm nada de intelectual e não tem apreço por nenhuma espécie de elaboração mental. Tudo o que é superior tem, com efeito, o cunho da individualidade, envolve, portanto, desdém pela sabedoria das massas. O gênio político, qualquer que seja, está para elas eivado de rebeldia. Singularmente, o cidadão vale menos nos Estados Unidos do que na Inglaterra. Para ser uma unidade na política americana, é preciso que o indivíduo se matricule em um partido, e, desde esse dia, renuncie à sua personalidade. Na Inglaterra não há semelhante escravidão do partido. O país é governado, como os estados Unidos, por dois partidos que se alternam e se equilibram, mas os partidos ingleses são partidos de opinião, não são machines, como os americanos,