das quais certo número de bosses governam e dirigem os movimentos.

Tomando-se, porém, o indivíduo sem relação ao maquinismo político, o homem que não tem dependências da administração nem da justiça e que denuncia o direito de desgovernar ele também os seus concidadãos, os Estados Unidos são o país livre por excelência. Os americanos são uma nação que quisera viver sem governo e agradece aos seus governantes suspeitarem-lhe a intenção. Daí a popularidade de seus presidentes: eles não fazem sombra ao país, não pesam sobre a nação. A pressão de cima para baixo, do governo sobre a sociedade, a que a humanidade se habituou de tempos imemoriais, de forma a não poder viver sem ela, faz-se sentir nos Estados Unidos menos do que em outra qualquer parte, menos do que na Inglaterra, onde a proteção governamental está sempre presente. A coluna da autoridade é menor sobre os ombros do americano do que sobre os de qualquer outro povo; a sua respiração é a mais franca, a mais larga, a mais profunda de todas. O governo pode ser melhor, mais perfeito na Inglaterra: que lhe importa isso, se o que ele quer é mesmo que a ação do governo se vá cada dia restringindo e ele a sinta menos e tenha menos que ver com ela? A questão é saber se a coluna de autoridade, que é hoje tão leve nos Estados Unidos, não virá um dia a ser a mais pesada de todas. O sistema