MINHA FORMAÇÃO
237

em 9 de junho de 1861, foi dedicada, como de justiça, ao nosso bom mestre e imperador... Quando Vossa Majestade encontrava meu pai, suas palavras primeiras eram: – ‘Como vão os meninos? – Onde estão agora? – Recomende-lhes sempre que estudem e que trabalhem’.

Voltamos ao Brasil em fins de 1862, e encetamos a vida prática nos trabalhos militares de Santa Catarina, motivados pelo conflito Christie.

A 28 de dezembro de 1863 separei-me, pela primeira vez, do meu irmão Antônio... Começava daí em diante o período industrial da minha vida.

Vossa Majestade e meu pai não queriam que eu tivesse uma orientação além da vida tranqüila da ciência e do professorado; mas o visconde de Itaboraí, que também me devotava afeição paternal, dizia: – ‘André!... Quero que você suceda ao Mauá!...’

Sabe, Vossa Majestade quanto sofri da oligarquia politicante e da plutocracia escravocrata nesses afanosos tempos... Só tenho hoje deles uma consolação: – Projetei e construía as docas de Pedro II, concebi e dirigi o caminho de ferro Conde d’Eu e sua bela estação marítima do Cabedelo.

Vossa Majestade gosta de recordar que, em Uruguaiana, salvamos juntos, pelo nosso horror ao sangue, 7 mil paraguaios e centenas de brasileiros... Na atual antipatia ao militarismo, apenas lembro-me dos trabalhos de Itapiru e Tuiuti.

Em 1880 começa a propaganda abolicionista. Nós, tribunos ardentes, só tínhamos uma certeza e uma esperança: – o imperador. Em 1871 havia Vossa Majestade concedido à filha predileta libertar o berço dos cativos com Paranhos, visconde do Rio Branco.

Em 1888 a iniciativa partiu daquela que não pode ver lágrimas nem ouvir soluços de pobres, de infelizes e de escravos, no amor santo de mártir do cristianismo inicial, aspirando menos à glória na Terra do que anelando a benemerência no céu, junto a Jesus, o redentor dos redentores.

Enfim... Creio que podemos esperar tranqüilos o