de papel sobre a qual se projetava o refletor de uma lâmpada sustentada por trás dele por um imponente vulto de huissier, com a solenidade de quem depois de um exílio de vinte e cinco anos representava outra vez perante a França, leu os três Oui, à l’humanimité, que sibilaram pela sala toda como as balas de um pelotão!

Também me hei de lembrar sempre da sessão da Assembléia Nacional em que se votou o setenato de Mac-Mahon como medida provisória, dilatória, entre a restauração, temporariamente impossibilitada por causa da bandeira branca, e a república, que não queriam proclamar. Se nesses sete anos morresse o conde de Chambord, regnante ainda o duque de Magenta, quem sabe se o conde de Paris não reuniria os votos dos Chevaulégers e da alta finança do Centro Esquerdo! Afianço a quem me lê que, depois de um discurso pronunciado pelo duque de Broglie, com o seu acento nasal, a sua perfeição acadêmica, sua maneira e suas maneiras ancien régime, ver subir à tribuna o velho Dufaure e de improviso, sem frases cadenciadas, sem períodos embutidos uns nos outros como um mosaico literário, tomar entre as mãos o discurso do neto de Mme de Staël, amassá-lo, dar-lhes as formas que queria, até ninguém mais o poder reconhecer; assistir a um duelo desses, da elegância com a eloqüência, é um prazer que não se esquece mais. E não ouvi