MULHERES E CREANÇAS
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a idéa d’essa escola-modelo, onde a creança aprendesse a ser mulher, onde a mulher aprendesse a ser mãe! onde uma direcção harmonica e intelligente presidisse ao desenvolvimento do espirito e ao desenvolvimento não menos sagrado do corpo; onde a moral caminhasse a par da sciencia, onde a primeira noção que o entendimento feminino recebesse fosse esta: «Todo o trabalho nobilita e exalta a quem o executa com a consciencia de cumprir um dever!»

Eu não quizera por certo proscrever da educação da mulher as graças, que são para ella o que o perfume é para a flôr.

Não queria vêr o mundo convertido n’um viveiro de pedantes, enfronhadas em sciencia e tornando antipathica a virtude, á força de lhe darem ares dogmaticos.

Se a leitora suppõe de mim tal abominação, é que eu bem pouco tenho conseguido revelar-me aos seus olhos.

O meu intento é outro; permitta-me que lhe torne aqui bem palpavel.

V. exc.a, minha senhora, tem uma filha, um pequenino anjo, louro e risonho, que é n’este mundo o seu enlevo, como que um bocadinho do céu azul, que lhe cahiu no seio n’um dia abençoado.

Tome o meu conselho: não siga na educação do