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MULHERES E CREANÇAS

Não parecemos nada e somos tudo!

Os que mais nos desdenham não escapam ao nosso poder. Submettem-se-lhe inconscientemente. Os que luctam contra nós teem de confessar-se vencidos.

Não somos medicas, não somos advogadas, não somos professoras, não somos preleccionistas officiosas de qualquer theoria, mais ou menos arriscada; mas somos a influencia continua e permanente, a voz surda que sempre se escuta, a tentação funesta ou a guia providencial, o grande poder obscuro, a que se não furta o filho, o irmão, o marido, o proprio pae!

Que importa que não possamos exercer a nossa acção dentro da esphera restricta e limitada das leis, se os costumes ahi estão, para que nós os criêmos, os modifiquemos, os transformemos, para que nós lhes dêmos o nosso collectivo impulso enorme!

Na America, visto que a mulher tem a faculdade de luctar com o homem no campo da actividade pratica, é-lhe restringido fatalmente o seu poder na esphera em que ella póde e deve ser rainha.

O casamento na America protestante, dizem os viajantes que teem observado os costumes d’essa raça estranha e vigorosa, é um contracto temporario que se baseia no calculo, e que o mais leve atricto póde destruir.

O divorcio é alli um facto vulgarissimo, ha mulheres