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A pequena rata.
DIZIA a Ignezinha á sua amiga Laura:
— Sinto uma vergonha cada vez que me lembro do cartão que mandei ao dr. Pedrosa. Fiz um P tão feio...
O nababo
COMMENTA-SE a morte de um homem soturno, que sempre viveu sem familia, arredado de amigos, tremendamente misanthropo e que aos setenta annos se finou na mais extrema miseria, tendo gasto tudo quanto tinha em bilhetes de loteria.
— Que desgraçado! dizem.
— Que homem feliz! penso commigo. Viveu de sonhos. Viveu nababescamente a sonhar maravilhas. Como os chins ingerem opio, elle ingeria bilhetes, notas promissorias de esperança — e sonhava.