NOÇÕES ELEMENTARES DE ARCHEOLOGIA
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voada, ou simplesmente destinados ao uso de pequena localidade, ou de uma unica familia.

O apodyterium era a sala de vestir, ou em que ficavam depositados os fatos antes do banho.

O aquarium continha os reservatorios, nos quaes a agua era recebida e podia clarificar-se antes de distribuida no edificio.

O vasarium, tirava este nome de tres grandes vasos, ou depositos cheios de agua quente, de agua tepida e de agua fria.

O laconicum, estufa aquecida por um hypocausto, tinha ás vezes uma das extremidades em semicirculo, onde havia um disco de bronze, pelo movimento do qual, abaixando-se ou levantando-se, podia augmentar-se a intensidade do calor, ou diminuir a temperatura.

O tepidarium era, segundo Vitruvio, a estufa menos quente que a antecedente, e em contacto com ella.

Havia outra casa destinada para o banho de agua quente, que se tomava n’uma especie de tina, labra.

O pequeno pateo ou vestibulo que precedia o forno do hypocausto chamava-se o propnigeum ou o proefurnium.

A parte destinada ao banho frio era o frigidarium, ou sala não aquecida, onde os banhistas descançavam alguns instantes antes de sairem para a rua, afim de evitarem o perigo da mudança rapida da temperatura.

A piscina natatilis ou frigida lavatio, reservatorio de agua fria em que as pessoas robustas podiam banhar-se depois do banho quente, e de que se fazia uso principalmente no verão.

O eleothesium, onde os banhistas podiam esfregar o corpo com oleo ou perfumes[1].

Uma curiosa pintura a fresco, copiada das thermas de Tito, em Roma, e que representava o interior de uma casa de banhos, faz comprehender muito bem a disposição geral de taes estabelecimentos, como se vê na gravura da pag. 76 [fig. 66].

Distinguem-se, no primeiro plano, duas salas sob as quaes arde o fogo do hypocausto.

  1. Havia em Roma 856 thermas.