70

Paul Gallico


Padre Damico limpou as lágrimas de seus olhos. A porta estava livre agora e havia espaço para o menino e a mula passarem. — "Ah, sim", ele disse. — "Sim Pepino, você pode entrar agora. E que Deus o acompanhe."

Os cascos da mula soaram nitidamente — clip-clop, clip-clop — no antigo piso da passagem. Pepino não a auxiliava agora, mas caminhava ao seu lado, com a mão repousando levemente em seu pescoço. Seu corpo e sua cabeça, com orelhas que saltavam, estavam erguidos e seus ombros estavam corajosamente alinhados.

E para o padre Damico pareceu, enquanto eles andavam, quer seja pela luz disforme e que formava sombras que dançavam, ou porque ele assim desejava, que o fogo fátuo revelava a suspeita de que o sorriso de Violetta havia retornado.

Deste modo, os observadores viram as silhuetas do garoto e da mula contra as lâmpadas de óleo e as velas do altar da cripta, enquanto iam adiante para completar sua peregrinação de fé.