Já próximo do casamento, uma das amigas da viúva talvez de acordo com esta, deu-lhe a primeira notícia.

— É mentira! É mentira!... gritou a criança em desespero.

Como insistisse a mulher, afirmando ser verdade, Manuel atirou-se a ela com furor, rasgando-lhe a roupa e arranhando-lhe o rosto com as unhas. Foi necessário que a mãe o castigasse. A pobre alvissareira jurou nunca mais se intrometer com semelhante diabrete.

Dias depois, estando Loureiro em casa da viúva, sucedeu sair ao campo, depois do almoço, para dar uma volta a pé. Observou ele que Manuel o seguia, e demorou-se a esperá-lo, talvez com o desejo de granjear enfim as boas graças do teimoso menino. Este, porém, que o viu parar, fez o mesmo. Seguiu pois o negociante, mas sempre acompanhado de longe pelo filho de Canho. A tentativa reproduziu-se duas vezes sem resultado.

Muito adiante, percebeu Loureiro perto de si ligeiras pisadas; voltou-se. Ali estava o menino, e trazia empunhada uma grande faca, maior que o seu braço; sem dúvida era a de João Canho.