— Hein! respondeu o mais velho, caindo em si da distração. Que diz?
— Digo que ainda tenho meu medo de ver tudo isto dar em água de barrela.
— Medo tenho eu, Félix, de chegarmos tarde, quando já o negócio estiver acabado. Queria ter o gostinho de entrar com o coronel em Porto Alegre, para ensinar aquela cambada.
— Tal e qual o senhor me disse, vai fazer um ano, e não passamos do Erval; agora talvez que fiquemos por Piratinim ou Camacã.
— Se estou dizendo que o negócio desta vez é sério! Quando saía de Jaguarão, o Neto me disse: "Quem for patriota há de estar em Piratinim até o fim de agosto." Vê você?
— E onde foi ele?
— Ninguém sabe ao certo; mas eu suspeito que foi longe entender-se com os castelhanos; não que precisemos deles, mas para ter as costas guardadas. Sempre é bom.
— Pois olhe, Sr. Lucas, eu cá antes queria ter pelas costas um touro bravo, do que um castelhano manso. A maneira de guardar a gente as costas, é dar neles de rijo. O Neto bem sabe disso.