— Querida! murmurou o taful.
— O que é?
— Abra um pouquito.
— Não; tenho medo.
— Medo de quê, flor? De ser amada, como jamais foi outra mulher neste mundo? Ou medo de matar-me de felicidade, com a luz desses olhos formosos?
A rótula entreabriu-se de leve, mas quanto bastou para que o namorado passasse a mão, a fim de impedir que ela se fechasse de novo. A conversa continuou pela fresta.
— Eu trouxe um regalito para você, querida. Adivinhe o que é?
— Não sei!
— Pois olhe!
Alargou-se a fresta; e na sombra desenhou-se o perfil do rosto encantador da moça, que reclinava a fronte para olhar o objeto na mão do chileno.
— São confeitos mui lindos, disse ele. Quero adoçar este coração ingrato, que me faz tanto penar. Prove para ver como são gostosos!
D. Romero tirou então do cartucho, enfeitado com laço de fita e perfumado de baunilha, um