vestido no seu colo aveludado causava-lhe sensações voluptuosas.
Cecília com o misterioso instinto da mulher adivinhava, sem compreender, que alguma coisa de extraordinário se passava em sua prima; e admirava a irradiação de beleza que brilhava no seu moreno semblante.
— Como estás bonita! disse a menina de repente.
E conchegando a face de Isabel aos lábios, imprimiu nela um beijo suave; a moça respondeu afetuosamente à carícia de sua prima.
— Não trouxeste o teu bracelete? exclamou ela reparando no braço de Cecília.
— É verdade! replicou a menina com um gesto de enfado.
Isabel julgou que este gesto era produzido pelo esquecimento; mas a verdadeira causa foi o receio que teve Cecília de se trair.
— Vamos buscá-lo?
— Oh! não! ficaria tarde, e perderíamos o nosso passeio.
— Então devo tirar o meu; já não estamos irmãs.
— Não importa; quando voltarmos prometo-te que ficaremos bem irmãs.
Dizendo isto Cecília sorria maliciosamente.