Assim resolveu não dormir; tomou o seu arco e sentou-se na porta de sua cabana; apesar de possuir a clavina que lhe dera D. Antônio, o arco era a arma favorita de Peri; não demandava tempo para carregar; não fazia o menor estrépito; lançava quase instantaneamente dois, três tiros: e a sua flecha era tão terrível e tão certeira como a bala.

Passado muito tempo o índio ouviu cantar uma coruja do lado da escada; esse canto causou-lhe estranheza por duas razões: a primeira, porque era mais sonoro do que é o cacarejar daquela ave agoureira; a segunda porque em vez de partir do cimo de uma árvore saia do chão.

Esta reflexão o fez levantar; desconfiou da coruja que tinha hábitos diferentes de suas companheiras; quis conhecer a razão desta singularidade.

Viu do outro lado da esplanada três vultos que atravessavam ligeiramente; isto aumentou a sua desconfiança; os homens de vigia eram ordinariamente dois e não três.

Seguiu-os de longe; mas quando chegou ao pátio, não viu senão um dos homens que entrava na alpendrada; os outros tinham desaparecido.