Peri procurou-os por toda a parte e não os viu; estavam ocultos pelo pilar que se elevava na ponta do rochedo, e não lhe era possível descobri-los.
Supondo que tivessem também entrado no alpendre, o índio agachou-se e penetrou no interior; de repente a sua mão tocou uma lamina fria que conheceu imediatamente ser a folha de um punhal.
— És tu, Rui? perguntou uma voz sumida.
Peri emudeceu; mas de chofre aquele nome de Rui lembrou-lhe Loredano e o seu projeto; percebeu que se tramava alguma coisa: e tomou um partido.
— Sim! respondeu com a voz quase imperceptível.
— Já é hora?
— Não.
— Todos dormem.
Enquanto trocavam estas duas perguntas, a mão de Peri correndo pela lâmina de aço tinha conhecido que outra mão segurava o cabo do punhal.
O índio saiu do alpendre e dirigiu-se ao quarto de Aires Gomes; a porta estava fechada,