e junto dela tinham colocado um grande montão de palha.
Tudo isto denunciava um plano prestes a realizar-se; Peri compreendia, e tinha medo de já não ser tempo para destruir a obra dos inimigos.
Que fazia aquele homem deitado que fingia dormir, e que tinha o punhal desembainhado na mão como se estivesse pronto a ferir? Que significava aquela pergunta da hora e aquele aviso de que todos dormiam? Que queria dizer a palha encostada à porta do escudeiro?
Não restava dúvida; havia ali homens que esperavam um sinal para matarem seus companheiros adormecidos, e deitarem fogo à casa; tudo estava perdido se o plano não fosse imediatamente destruído.
Cumpria acordar os que dormiam, preveni-los do perigo que corriam, ou ao menos prepará-los para se defenderem e escaparem de uma morte certa e inevitável.
O índio agarrou convulsivamente a cabeça com as duas mãos como se quisesse arrancar à força de seu espírito agitado e em desordem um pensamento salvador. Seu largo peito dilatou-se; uma idéia feliz