Apenas Loredano desapareceu, Peri continuou a execução do seu plano; chegou-se a um canto do alpendre onde havia um resto de fogo encoberto pela cinza, e atirou sobre ele alguma roupa dos aventureiros que ai estava a enxugar.
Este incidente, por insignificante que pareça, entrava nos planos de Peri; a roupa queimando-se devia encher a casa de fumaça, acordar os aventureiros e excitar-lhes a sede. Era justamente o que desejava o índio.
Satisfeito do resultado que obtivera, Peri atravessou a esplanada; ai porém foi obrigado a recuar, surpreendido do que via.
Um homem do lado de D. Antônio de Mariz e um aventureiro revoltado conversavam através da estacada que dividia esses dois campos inimigos; havia realmente motivo para que o índio se admirasse.
Não só isso era contra a ordem expressa de D. Antônio de Mariz, que proibira qualquer relação entre os seus homens e os revoltados, como contrariava o plano de Loredano, que temia ainda o respeito e o hábito de obediência que os aventureiros tinham para com o fidalgo.