ria a sua presença; era preciso que fugisse sem que restasse um só vestígio de sua passagem; a mais leve suspeita faria abortar o seu plano.
Teve uma idéia feliz: ergueu a mão molhada e tocou o rosto do italiano; enquanto este recuava para atirar a punhalada às escuras, o índio resvalou entre ele e a porta.
A faca de Loredano tinha-lhe ferido o braço esquerdo; não soltou porém nem um gemido, não fez um movimento que o traísse; ganhou o fundo do alpendre antes que o aventureiro voltasse com a luz.
Mas Peri não estava contente; o seu sangue ia denunciá-lo; não lhe convinha de modo algum que o italiano suspeitasse que ele ali tinha estado.
Os morcegos que esvoaçavam espantados pelo teto do alpendre lembraram-lhe um excelente expediente; agarrou o primeiro que lhe passou ao alcance do braço, e abrindo-lhe uma cesura com a faca, soltou-o.
Ele sabia que o vampiro procuraria a luz, e iria esvoaçar em torno dos dois aventureiros; contava que as gotas de sangue que caiam de sua asa ferida os enganaria; a realidade correspondeu às suas previsões.