senhora, que ele encontrava de novo boa como sempre tinha sido.
— Perdoa a Peri, senhora!
— És tu que me deves perdoar, porque te fiz sofrer; não é verdade? Mas bem sabes!... Não podia abandonar meu pobre pai!
— Foi ele que mandou a Peri que te salvasse! disse o índio.
— Como?... exclamou a menina. Conta-me, meu amigo.
O índio fez a narração da cena da noite antecedente desde que Cecília tinha adormecido até o momento em que a casa saltara com a explosão, restando dela apenas um montão de ruínas.
Contou que ele tinha preparado tudo para que D. Antônio de Mariz fugisse, salvando Cecília; mas que o fidalgo recusara, dizendo que a sua lealdade e a sua honra mandavam que morresse no seu posto.
— Meu nobre pai! murmurou a menina enxugando as lágrimas.
Houve um instante de silêncio, depois do qual Peri concluiu a sua narração, e referiu como D. Antônio de Mariz o tinha batizado, e lhe havia confiado a salvação de sua filha.
— Tu és cristão, Peri?... exclamou a menina,