cujos olhos brilharam com uma alegria inefável.
— Sim; teu pai disse: Peri, tu és cristão; dou-te o meu nome!
— Obrigado, meu Deus, disse a menina juntando as mãos e erguendo os olhos ao céu.
Depois envergonhada desse movimento espontâneo, escondeu o rosto: o rubor que cobriu as suas faces tingiu de uns longes cor-de-rosa as linhas puras do colo acetinado.
Peri ergueu-se e foi colher alguns frutos delicados que serviram de refeição à sua senhora.
O sol tinha quebrado a sua força, era tempo de continuar a viagem e aproveitar a frescura da tarde para vencer a distancia que os separava do campo dos goitacás.
O índio chegou-se trêmulo para a menina:
— Que queres tu que Peri faça, senhora?
— Não sei, respondeu Cecília indecisa.
— Não queres que Peri te leve à taba dos brancos?
— É a vontade de meu pai?... deves cumpri-la.
— Peri prometeu a D. Antônio levar-te à sua irmã.
O índio fez a canoa boiar sobre as águas do