do domingo, que lhe ofereceria talvez ocasião de arriscar uma palavra.
Formado o grupo da família, a conversa travou-se entre D. Antônio de Mariz, Álvaro e D. Lauriana; Diogo ficara um pouco retirado; as moças, tímidas, escutavam, e quase nunca se animavam a dizer uma palavra sem que se dirigissem diretamente a elas, o que rara vez sucedia.
Álvaro, desejoso de ouvir a voz doce e argentina de Cecília, da qual ele tinha saudade pelo muito tempo que não a escutava, procurou um pretexto que a chamasse à conversa.
—Esquecia-me contar-vos, Sr. D. Antônio, disse ele aproveitando-se de uma pausa, um dos incidentes da nossa viagem.
—Qual? Vejamos, respondeu o fidalgo.
—A coisa de quatro léguas daqui encontramos Peri.
—Inda bem! disse Cecília; há dois dias que não sabemos notícias dele.
—Nada mais simples, replicou o fidalgo; ele corre todo este sertão.
—Sim! tornou Álvaro, mas o modo por que o encontramos é que não vos parecerá tão simples.
—O que fazia então?