—Brincava com uma onça como vós com o vosso veadinho, D. Cecília.
—Meu Deus! exclamou a moça soltando um grito.
—Que tens, menina? perguntou D. Lauriana.
—É que ele deve estar morto a esta hora, minha mãe.
—Não se perde grande coisa, respondeu a senhora.
—Mas eu serei a causa de sua morte!
—Como assim, minha filha? disse D. Antônio.
—Vede vós, meu pai, respondeu Cecília enxugando as lágrimas que lhe saltavam dos olhos; conversava quinta-feira com Isabel, que tem grande medo de onças, e brincando, disse-lhe que desejava ver uma viva!...
—E Peri a foi buscar para satisfazer o teu desejo, replicou o fidalgo rindo. Não há que admirar. Outras tem ele feito.
—Porém, meu pai, isto é coisa que se faça! A onça deve tê-lo morto.
—Não vos assusteis, D. Cecília; ele saberá defender-se.
—E vós, Sr. Álvaro, por que não o ajudastes a defender-se? disse a moça sentida.