impossível, é pelo menos, para mim, difícil. Amo-os; agora, os que foram vítimas em lê-los é lá outra coisa: devem tê-los achado detestáveis...

— Andam a dizer que atravessamos um período estacionário para a arte.

— Não; não me parece que a prosa nem a poesia contemporâneas estejam estacionárias aqui. Quando uma literatura conta prosadores como Gonzaga Duque, Virgílio Várzea, Coelho Neto, e poetas como mestre Luís Delfino, Alberto de Oliveira, Mário Pederneiras, Emílio de Menezes, Olavo Bilac, B. Lopes, Anibal Teófilo, Raimundo Correia, Machado de Assis, Luís Murat, João Ribeiro, Daltro Santos, ela vive, ela progride, evolui, ganha, dia a dia, feições novas. Quanto a escolas, felizmente, não existem; mas existem, infelizmente, algumas assimilações, feitas com talento, de outros autores, já nacionais, já estrangeiros, desvirtuando o cunho original de autoria que a obra deve ter; e, mais infelizmente ainda, existem grupos e a luta, a repulsa desses grupos, que ocultamente se guerreiam e, por vezes, de modo mesquinho, sob o disfarce da desintimidade. É doloroso, é lastimável, é uma porcaria em que só aproveitam os medíocres, os moendas-secas e os attachés de uns e de outros lados.

— Entre os prosadores não citou Machado de Assis...