bico ou uma Juliana de caldo louro, quente e cheiroso, em que se vaze, de repente, um copo de água fria e salobra!... Em todo caso, ela tem o seu papel e tem os seus mestres...

O Dr. José Veríssimo por exemplo. Esse é o mais proeminente dos nossos críticos. Admiro-o pelo peso dos conceitos, pela circunspecção discreta do seu espírito analítico, pelo critério do seu método expositivo e pela fluência canora e flébil do seu estilo, que nos lembra o deslizar marulhoso de uma linfa.

É profundo, é, incontestavelmente, profundo! Não fosse a existência de um outro crítico eminente, o Sr. Medeiros e Albuquerque, e, sem dúvida, o Sr. José Verissimo seria sem rival. Chamo a tua atenção para o artigo em que o Sr. Veríssimo, em um dos últimos números da revista Kosmos, escacha, com clava de mestre, Camilo Castelo Branco. Se o autor do Eusébio Macário já não estivesse morto, seria caso para ir direitinho adubar as terras municipais do cemitério de San Miguel de Seide.

Mudo o curso à conversa.

— E os seus trabalhos? Qual deles prefere?

— Só tenho um livro publicado, o Confessor Supremo, e um em preparo — romance de época, de costumes e de tipos. O mais consta de trabalhos avulsos em jornais e revistas. Gosto de todos e, se assim não fosse, não os teria dado à publicidade; a preferência, por conseguinte, se não é