afiaram as suas armas e, por ele, exerceram tão poderosa ação na vida intelectual brasileira? Evaristo da Veiga, Patrocínio, Rui Barbosa, Alcindo Guanabara, falando somente daqueles que rapidamente me ocorrem, pode ser que tivessem feito alguns livros a mais, se não fora a absorção da imprensa. Duvido, porém, que houvessem sido mais úteis.

O trabalho diuturno e exigente do jornal conduziu esses e outros espíritos a acompanharem de perto a vida nacional. Batendo, insistindo, ensaiando, sondando o terreno e apalpando as idéias, fizeram o que não cabe fazer aos isolados, que escrevem pachorrentamente no conforto dos gabinetes domésticos. Sem a imprensa, o Brasil não seria o que é hoje, as nossas letras não poderiam ter chegado ao que são agora.

Não acredito, portanto, que o jornalismo seja inimigo da literatura, sobretudo se não se quiser circunscrever e limitar essa palavra ao domínio restrito de romances e poesias. Muitos romances, aliás, escreve um grande publicista nas páginas dispersas dos jornais. É a vida do país, em suas variadas faces, que ele ausculta todos os dias. Se o faz superiormente, com amor e a sede ardente do progresso, muitos erros se lhe devem perdoar.

São agentes mais poderosos do nosso movimento literário do que os egoístas que, insensíveis