O romance de costumes é representado, e brilhantemente, por Júlia Lopes de Almeida, escritora fina e conscienciosa; por Domingos Olímpio, admirável na cor local e no desenho dos caracteres, e Emanuel Guimarães, cujos romances bem observados, bem pensados, bem delineados, só têm o defeito (facilmente corrigível, dado o talento do autor) de uma linguagem como que propositalmente incorreta.

A preocupação social tem dois representantes: Curvelo de Mendonça com Regeneração, verdadeiro tipo do romance de tese, e Graça Aranha no seu formoso Canaã, cheio de admiração panteísta pela nossa natureza, magnífico de observação da vida do interior, repassado de um alto e filosófico simbolismo e prenhe dos mais momentosos problemas sobre a luta das raças no continente americano.

Esta feição de concorrer para os problemas que torturam a humanidade, de discutir (com ou sem forma de tese) as questões de que depende o bem-estar da sociedade, me parece a que tende a predominar no nosso meio literário, como aliás em todos os outros aos quais nós imitamos.

No conto, gênero que tem sido entre nós cultivado em demasia, além de Machado de Assis e Coelho Neto, ocupam lugar saliente Afonso Arinos, estudando com deliciosa exatidão a vida sertaneja; Domício da Gama, em quem predomina