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Rodolpho Theophilo

via a rua vegetal de uma extremidade a outra. Fructas pendiam dos galhos, perfumando o ambiente.

Um pouco adeante, a grande horta, alguns hectares de terreno cobertos por um extenso tapete de verduras. Havia toda a casta de hortaliças. A variedade de couves era extraordinaria: desde a couve anã, que crescia vinte centimetros, até á couve gigante que media um metro de altura... E tambem alfaces, rabanetes, cenouras, pepinos, aspargos, repolhos, um sem numero de variedades. Paterson conhecia o sabor e a maciez das hortaliças de Kiato. Nunca havia comido couves nem alfaces tão saborosas e tenras. Pela cultura e pela selecção, conseguia-se ali aperfeiçoar as variedades inferiores.

Passou ao jardim. Si a horta era uma belleza, o jardim era um primor. Emerito botanico, Paterson estava encantado. Não era a grande quantidade de especies o que admirava, eram as modificações, conseguidas em especies delle conhecidas.

Roseira que noutra parte dava rosas de petalas cor de vinho, dava-as ali de corollas coloridas, com gradações de tons até o rosicler.

Farto de tantas bellezas, frenetico admirador daquella gente, que representava a perfeição humana, Paterson voltou ao hotel.