de que necessitava o corajoso nadador, para salvar-se e à menina?
O preto sentia a urgência do socorro. A luta heroica de Mário não podia prolongar-se; naqueles transes, contam-se os acontecimentos por ápices de instante. Se o mergulhador voltando à tona d’água não achasse aí o ponto de apoio necessário, sumir-se-ia para sempre. E Mário não tardava; o negro media o tempo pela sua respiração.
Martinho e Eufrosina tinham, é verdade, corrido à cata do objeto indicado. Mas onde o iriam buscar? E chegariam a tempo, sendo tão grande a distância para a estreiteza da ocasião?
Não havia pois esperança alguma?
Uma vida pronta a sacrificar-se; a cega dedicação, capaz de todos os sacrifícios, nada podia contra a fatalidade.
O impossível, esse frio escárnio da natureza contra a arrogância do homem; esse epitáfio de todas as ambições, como de todas as esperanças, ali estava sorrindo da angústia, como do heroísmo, do coração.
A flor d'água turbou-se. Mário voltava: era o momento supremo. Seu olhar límpido, que já