sua vovó preta, que, sentada aos pés e debulhada em pranto, não sentia o próprio mal. Às bordas do leito, Eufrosina e Felícia ajoelhadas seguravam as mãos inanimadas da menina; Adélia, reclinada por cima delas, pálida de comoção, não sabendo que fazer, se afastar-se ou ficar ali, dividia-se entre os dois movimentos.

Junto dela um menino de dezesseis anos, ultimamente chegado à cabana, acompanhava com atenção delicada seus movimentos, dirigindo-lhe palavras de animação ou consolo. Era Lúcio, filho de D. Alina, e muito camarada de Mário, apesar da repugnância que mostrava sua mãe por – essa gente. Chegado à fazenda quando os outros já tinham partido, apenas soube do passeio encaminhou-se para o lugar, muito seu conhecido.

À cabeceira estava o barão, sustendo no joelho a loura cabeça da filha. Sepultado no fatal desengano de seu infortúnio, amparava o rosto em uma das mãos. Mas de repente um vislumbre desse crepitar da esperança, que bruxuleia como a lâmpada ao apagar-se, atravessava aquela treva lúgubre. Abaixava então a cabeça; interrogava ansiosamente os olhos, a face e os pulsos da filha.