Como os conquistadores antigos, de que falava o seu Plutarco, ele carecia de um troféu; e esse troféu era Alice viva, e o barão humilhado no auge mesmo de sua felicidade, na viva expansão de seu amor paterno.

Imagine-se pois qual devia ser o seu abalo e irritação, vendo a morte furtar-lhe perfidamente, de uma maneira vil e indigna, essa existência que ele havia arrebatado de suas garras em luta franca, rosto a rosto! Que tropel de pensamentos lhe tumultuavam no cérebro, lutando para arrojar-se em borbotões! Às vezes eram ímpetos de indignação contra o acontecimento que o espoliava de seu triunfo. Outras vezes eram ideias loucas de ressuscitar o cadáver, transmitindo-lhe metade da própria existência.

Que inextricáveis são os fios dessa urdidura moral, com que se tecem as paixões humanas!

Esse menino inacessível à compaixão, indiferente ao sofrimento alheio, encerrado no frio egoísmo que formava um orgulho desmedido, essa aberração da infância, acabava de expor a vida, e daria sem hesitar metade dessa vida, para salvar uma criatura de sua aversão!

O corpo de Alice estava deitado na cama de