— Tinha que ver! Andar eu com um reloginho de mulher!

— Mário! exclamou D. Francisca penalizada em extremo.

A boa senhora disfarçou como pôde o arrebatamento do filho. Tomando a caixa do colo, onde o haviam deixado as mãos dos dois meninos retraindo-se, ela obrigou afetuosamente o filho a admirar a delicadeza do trabalho. À força de carícias e de ternuras conseguiu que Mário apertasse a mão de Alice em sinal de agradecimento e de despedida.

Alice não proferiu uma queixa; mas seu coração fora magoado pelo frio desdém.

Quando o toque d'alvorada, no sino da fazenda, a despertou, seu alvo travesseiro estava molhado de lágrimas. A menina ergueu-se de manso, e vestindo-se ligeiramente encostou a fronte ao caixilho da janela de sua alcova. Os primeiros albores da luz empalideciam as trevas do horizonte.

No pátio se distinguiam os rumores que anunciam o despertar de um estabelecimento rural. Na estrebaria especialmente, o tropel dos cavalos ou mulas e o resmoer do milho nos embornais, indicavam próxima jornada.