no fundo da lagoa... onde mora a mãe-d'água.

— Como é que você sabe?

— Vovó é que me contou uma vez.

Alice tornou para junto da preta, a qual se conservara inteiramente estranha à conversa, preocupada ainda com as palavras que haviam agastado a Mário.

— Conta a história da mãe-d’água, vovó!

— Ora, nhanhã, eu nem me lembro mais.

— Para Adélia ouvir! Sim, vovó, sim!

— Já esqueceu! Faz tanto tempo que eu ouvi a minha senhora velha D. Generosa, aquela santa que Deus tem na sua glória entre seus anjos.

— Era vovó de mamãe! disse Alice para Adélia.

— Faz tanto tempo que eu ouvia ela contar a sinhá, quando era mais pequena que nhanhã. Sinhá não queria dormir, e então sinhá velha sentava-se junto da cama, com a cabecinha tão branca como capucho de algodão, e começava... Deixe ver se me alembro, nhanhã. Ah! foi um dia...

Os restos da merenda foram completamente