irresistível. Era forçoso que falasse a Mário; que lhe arrancasse o segredo daquela angústia; e o consolasse, embora tivesse para isso de renunciar a ele. Custar-lhe-ia a vida o sacrifício; mas sentia-se com a coragem de tentá-lo. Se teria forças para realizá-lo, só Deus o podia saber; ela receava que não.

Já tinha um pretexto para aproximar-se de Mário; desde o jantar que o achara. Correu à alcova; tirou uma caixinha, e chamando a Eufrosina para que a acompanhasse, dirigiu-se ao quarto do moço.

Mário, ouvindo a voz da menina que o chamava, correu à porta:

— É você, Alice?

— Está melhor, Mário? perguntou a menina fitando um olhar ansioso no semblante do engenheiro.

— Ficou inquieta por meu respeito? Obrigado, Alice. Não tenho mais nada, já passou.

— De todo?

— De todo, respondeu o moço compreendendo o pensamento da menina.

— Mas pode voltar!