inquieta, sem motivo. Muitas vezes o barão recolhia-se à noite; por aqueles sítios não havia exemplo de um assalto nos caminhos. Donde vinha pois esse vago receio, e as ideias tristes que a assaltavam?

Ouvindo já tarde rumor de animais e de escravos no pátio, ela foi à janela cuidando ser o pai que chegava. Era o Martinho que referia o ocorrido.

Quando o cavalo do barão disparara pela várzea afora, o pajem, pensando que era o senhor, não esperou mais, e acossado pelo medo das almas do outro mundo meteu as esporas na mula, e seguiu para a Casa Grande. Ao chegar, os pretos da cavalariça que tinham segurado o cavalo, perguntaram-lhe pelo senhor.

Grande foi o espanto de Martinho, que pensara acompanhar o barão, e grande o alvoroço que produziu a notícia do triste acontecimento. O animal estava molhado até os arreios, pelo que a lembrança do boqueirão acudiu logo a todos.

Angustiada pelo presságio de um desastre, que seus pressentimentos lhe haviam anunciado, tirou a menina de seu desespero uma energia de que ela própria nunca se julgaria capaz. Sem hesitar