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O artigo fundador da teoria da relatividade restrita
O.F. Piattella

Inserimos este valor de na equação para e obtemos então:

.

(16)

Da mesma forma, encontramos através a análise de raios de luz que se movimentam ao longo de ambos os outros eixos:

,

(17)

onde

(18)

então

(19)

e

(20)

Substituímos para e' o seu valor, assim obtemos:

,

(21)

,

(22)

,

(23)

,

(24)

onde

(25)

e é uma função de u por enquanto desconhecida. Não fazendo nenhuma hipótese sobre a posição inicial do sistema em movimento e sobre o ponto zero de , teria-se então que acrescentar a cada lado direito destas equações uma constante aditiva.

Temos agora que provar que cada raio de luz, medido no sistema em movimento, propaga-se com velocidade , caso isso aconteça no sistema de repouso, como temos postulado; de fato, não temos ainda fornecido a prova que o princípio da constância da velocidade da luz é compatível com o princípio de relatividade.

No tempo seja enviado da origem das coordenadas de ambos os sistemas, que neste tempo coincidem, uma onda esférica que propaga-se no sistema com a velocidade . Se () é um ponto que acaba de ser alcançado por esta onda, então tem-se

(26)

Transformamos esta equação com a ajuda das nossas equações de transformação e obtemos, após um cálculo simples:

(27)

A onda considerada é então uma onda esférica com velocidade de propagação também quando observada no sistema em movimento. Portanto, é mostrado que ambos os nossos princípios fundamentais são compatíveis um com outro.

Nas equações de transformação desenvolvidas aparece ainda uma função desconhecida de que queremos agora determinar.

Introduzimos para este escopo ainda um terceiro sistema de coordenadas que seja concebido em movimento translacional paralelo ao eixo do sistema de tal forma que a origem das coordenadas

Cadernos de Astronomia, vol. 1, n°1, 157-176 (2020)
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