— Nem si eu jurar?
— Eu sei!...
— Que razão tem para duvidar tanto de mim, Luizinha? Estou vendo que vossê nunca me quiz bem.
— Eu é que posso dizer isso de vossê.
— Si eu não lhe quizesse bem, não a tinha deixado livre como está. Si eu só a quizesse lograr como fazem com as outras, quem me poderia impedir de realizar a minha vontade? Ninguem.
— Podia, e póde ainda matar-me, mas fazer isso, nunca. Só depois de me haver tirado a vida.
— Como se engana! Assim o quizesse eu; mas não quero. Eu sei que vossê me quer bem, e por isso não me vexo nem apresso.
Com os braços tremulos o Cabelleira apertou Luiza novamente contra o peito onde lhe ardia o coração em chammas de entranhado amor.
— Deixe-me, José. Aquella que vossê offendeu, aquella que vossê arrancou d’entre os meus braços, dalli o está vendo e amaldiçoando.
— Perdôe-me, não me odeie, Luizinha, por sua bondade, e pelo muito que nos queremos nos primeiros annos. Si eu a privei de sua mãi, estou prompto a protegel-a