de chegar vivo, bem vivo a seu destino, ainda que o Cabelleira se metta a tiral-o das nossas unhas, o que eu duvido.
— E a minha venda?
— A sua venda fica ahi; nós não a levamos.
— Mas... roubam-me tudo, tudo.
— Não tem vossê roubado a tanta gente?
— Ora! Feche bem as portas, e avie-se, que é tempo. Si não quer ir pelos pés, irá amarrado como um porco.
Thimoteo aceitou, contra vontade, já se vê, e por não ter outro remedio, a situação que se lhe afigurou irrevogavel.
— Vista o seu gibão, que vossê vai ser apresentado a gente nobre.
— Ah! disse o vendeiro, respirando, mas não sem grande espanto, que mal disfarçou.
Pouco depois os tres convivas seguiam, a marcha batida, pela estrada de Santo-Antão. Tendo deixado a taberna, cujas chaves o Thimoteo levava comsigo por permissão dos desconhecidos, haviam estes pouco adiante entrado com elle no mato para tomarem dous cavallos que alli tinham deixado occultos. Em um delles montou o negro, e no outro montaram o cabra e o vendeiro, este passado de medo, que o caso não era para menos, aquelle guardando-o na garupa, e tendo uma