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Alegre, Casimiro de Abreu, Cardoso de Menezes, Teixeira de Mello?

No romance, porém, já não é assim. O sul campêa sem émulo nesta arena, onde têm colhido notaveis louros: Macedo, o observador gracioso dos costumes da cidade; Bernardo Guimarães, o desenhista fel dos usos rusticos; Machado de Assis, cultor estudioso do genero que foi vasto campo de glorias para Balzac; Taunay que se particulariza pela fluência, e pelo faceto da narrativa; Almeidinha, que a todos estes se avantajou na correcção dos desenhos, posto houvesse deixado um só quadro, um só painel, quadro brilhante, painel immenso, em que ha vida, graça, e colorido nativo. Estes talentos, além de outros que me não lembram de momento, não têm, ao menos por agora, competidores no norte, onde aliás não ha falta de talentos de igual esphera.

Não me é licito esquecer aqui, ainda que se trata do romance do sul, um engenho de primeira grandeza, que, com ser do norte, tem concorrido com suas mais importantes primicias para a formação da litteratura austral. Quero referir-me ao exm. sr. conselheiro José Martiniano de Alencar, a quem já tive occasião de fazer justiça nas minhas conhecidas Cartas-a-Cincinnato.

Quando, pois, estáo sul em tão favoraveis condições, que até conta entre os primeiros luminares das suas lettras este distincto cearense, tem os escriptores do norte que verdadeiramente estimam seu torrão, o dever de levantar ainda com luta e esforço os nobres fóros dessa grande região, exhumar seus typos legendarios, fazer conhecidos seus costumes, suas lendas, sua poesia máscula, nova, vivida e louçã tão ignorada no proprio templo onde se sagram as reputações, assim litterarias, como politicas, que se enviam ás provincias.

Não vai nisto, meu amigo, um baixo sentimento de rivalidade que não aninho em meu coração brazileiro. Proclamo