o espeto na titela do bem-te-vi, amanhã terás necessidade de cravar a faca no peito de um homem; e si no momento da execução tiveres a mesma pena, ai de ti! que a mão te fraqueará, e o homem te matará.
Uma manhã José entrou saltando de contente, e trazendo um preá que o fojo tinha apanhado.
— Ó papai, como é que hei de matar este preá?
Joanna chamou o menino para junto de si, tomou-lhe a presa que elle trazia, e pôz-se a miral-a com ternura.
— Olha, meu filho, olha bem para elle. Não achas vivos e bonitos os olhos do preázinho? Que lindo pescoço! Que mãos bemfeitas! Que dizes, José?
— É, mamãi. Acho tudo bonitinho.
— E si o achas bonitinho, para que o queres matar, meu filho?
— Para aprender a matar gente quando eu for grande.
— Matar gente! José, José! Quem te ensinou esta barbaridade? Virgem da conceição!
— Foi papai, mamãi.
— Não, eu não consentirei, nem o céo permittirá que levantes em tempo algum a tua mão para offender a alguem. Que desgraça,