— Meu coelho! gritou o menino sentido de lhe terem arrebatado a graciosa presa.
— Ah, suppunhas que havias de pôr-me terra nos olhos, José? Não, este lindo animal não morrerá.
— Sim, sim, mamãi; eu não o levarei a papai para o matar como elle disse; não quero que o meu coelho morra. Elle é tão bonitinho, que faz gosto. Quero crial-o para mim, para mim só, já ouviu, mamãi? Meu coelhinho tão bonitinho!
José estava fortemente commovido, e Joanna, fixando nelle olhos perscrutadores, leu em seu rosto a pureza e a sinceridade da sua commoção, indício irrecusavel, senão prova convincente, da excellencia das inclinações do filho. Todas as hesitações que traziam seu espirito em continua inquietação dissiparam-se diante do enternecimento do menino de cuja brandura e natural bondade já não lhe foi licito duvidar.
— Dê-me o meu bichinho, mamãi — pediu José quasi chorando.
— Elle é teu, José, e ninguem, ainda que seja teu pai, te privará delle. Mas, antes que o tenhas comtigo, quero saber por curiosidade o que vás fazer do coelhinho.
— Ora! Vou leval-o para casa. Levo logo daqui capim bem verde para elle comer, e