Se quiser, arranja-se tudo! Não passará bem como em sua casa, mas uma noite corre depressa!...
Não! não era possível Precisava estar em casa essa noite: no dia seguinte pela manhã iriam procurá-la muito cedo.
Nisto chegou Pombinha com Dona Isabel. Disseram-lhes logo à entrada que Léonie estava em casa do Alexandre, e a menina deixou a mãe um instante no número 15 e seguiu sozinha para ali, radiante de alegria. Gostavam-se muito uma da outra. A cocote recebeu-a com exclamações de agrado e beijou-a nos dentes e nos olhos repetidas vezes.
— Então, minha flor, como está essa lindeza! perguntou-lhe, mirando-a toda.
— Saudades suas... respondeu a moça, rindo bonito na sua boca ainda pura.
E uma conversa amiga, cheia de interesse para ambas, estabeleceu-se, isolando-as de todas as outras. Léonie entregou à Pombinha uma medalha de prata que lhe trouxera; uma tetéia que valia só pela esquisitice, representando uma fatia de queijo com um camundongo em cima. Correu logo de mão em mão, levantando espantos e gargalhadas.
— Por um pouco que não me apanhas... continuou a cocote na sua conversa com a menina. Se a pessoa que me vem buscar tivesse chegado já, eu estaria longe. — E mudando de tom, a acarinhar-lhe os cabelos: — Por que não me apareces!... Não tens que recear: minha casa é muito sossegada... Já lá têm ido famílias!...
— Nunca vou à cidade... É raro! suspirou Pombinha.