o lado, exânime, inerte, os membros atirados num abandono de bêbedo, soltando de instante a instante um soluço estrangulado.
A menina voltara a si e torcera-se logo em sentido contrário à adversária, cingindo-se rente aos travesseiros e abafando o seu pranto, envergonhada e corrida.
A impudica, mal orientada ainda e sem conseguir abrir os olhos, procurou animá-la, ameigando-lhe a nuca e as espáduas. Mas Pombinha parecia inconsolável, e a outra teve de erguer-se a meio e puxá-la como uma criança para o seu colo, onde ela foi ocultando o rosto, a soluçar baixinho.
— Não chores assim, meu amor!...
Pombinha continuou a soluçar.
— Vamos! Não quero ver-te deste modo!... Estás zangada comigo?...
— Não volto mais aqui! nunca mais! exclamou por fim a donzela, desgalgando o leito para vestir-se.
— Vem cá! Não sejas ruim! Ficarei muito triste se estiveres mal com a tua negrinha!... Anda! Não me feches a cara!...
— Deixe-me!
— Vem cá, Pombinha!
— Não vou! Já disse!
E vestia-se com movimentos de raiva. Léonie saltara para junto dela e pôs-se a beijar-lhe, à força. os ouvidos e o pescoço, fazendo se muito humilde, adulando-a, comprometendo-se a ser sua escrava, e obedecer-lhe como um cachorrinho, contanto que aquela tirana não se fosse assim zangada.