CARLOTINHA – É verdade. (Abre.)
HENRIQUETA – Daqui vê-se a minha casa; olha!
CARLOTINHA – Pois agora é que sabes? Nunca viste mano Eduardo nesta janela?
HENRIQUETA – Não; nunca.
CARLOTINHA – Fala a verdade, Henriqueta!
HENRIQUETA – Já te disse que não: se vi, não me lembra. Há tanto tempo que esta janela não se abre!
CARLOTINHA – Bravo! Depois não digas que são lembranças minhas.
HENRIQUETA – O que? O que disse eu?
CARLOTINHA – Nada; traíste o teu segredo, minha amiguinha. Se tu sabes que esta janela não se abre, é porque todos os dias olhas para ela.
HENRIQUETA – Pois não...
CARLOTINHA – Para que procuras esconder uma coisa que teus olhos estão dizendo? Tu choras!... Por quê? É pelo que eu disse? Perdoa, não falo mais em semelhante coisa.