Um grande rio navegavel corta em duas metades o fundo do Xaraés — o rio Paraguai, esse Mississippi, esse verdadeiro flumem nostrum que ha de um dia tornar-se a Broadway aquatica da America do Sul. O pedaço do fundo do Xaráés que hoje pertence ao Brasil equivale em possança á soma dos pedaços em mãos dos paises limitrofes.
Mas acontece que esses paises limitrofes nunca tiveram um D. N. P. M. Nunca tiveram um Fleury e porisso perfuraram; e como perfuraram, demonstraram que todo o centro da America do Sul não passa do maior lago de petroleo do mundo. Esses visinhos extraem dos respectivos subsolos milhões e milhões de barris. Nós... nós... nós jogamos no bicho.
O petroleo xarnéense está cansado de exibir-se em Mato Grosso, está cansado de denunciar-se de todas as maneiras, de implorar pelo amor de Deus que o desencadeiem das profundidades. Nós... nós... nós gastamos 5.000 contos por ano, ou sejam 17 contos por dia, para, por amor a Rockefeller, mantermo-nos algemados. Basta dizer que esse Departamento NUNCA fez o menor estudo em Mato Grosso, NUNCA abriu lá um poço! Medo, panico, pavor de sujar-se com o inevitavel jacto do petroleo xaraéense...
Enormes extensões do territorio de Mato Grosso estão marcadas de sinais de oleo; de lagoas de agua salgada, de calcarcos, conchas e aglome-