O Escandalo do Petroleo
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tura daquele Serro Azul de 300.000 barris diarios. E a “salsa”. E’ o manadouro de oleo, lama, areia e gases — o pús dos grandes tumores subterraneos. E’ o sinal que permitiu no mundo inteiro a abertura dos maiores poços.

As “oil seepages” assemelham-se a pequeninos vulcões de lama. Sofrem de periodicidade. Aumentam ou diminuem conforme o regimen da pressão interna e até das fases da lua. Muitas vezes perduram anos e anos ativas; ás vezes extinguem-se por anos e anos, para recomeçarem de novo, inesperadamente.

Loch assinalou geograficamente a posição da “oil-seepage” e prosseguiu viagem. Aparelhou-se. Voltou. Procedeu a levantamentos da zona. Verificou que por extensissima area o terreno tinha o mesmo facies caracteristico dos campos de petroleo do Oklahoma, onde ele trabalhara. A mesma vegetação raquitica, envenenada pela emanação constante dos gases. Colheu muitos litros de oleo e, radiante, encaminhou-se para o Rio de Janeiro afim de assombrar o mundo com a sua descoberta.

Ai! O Carnaval fervia. Foi preciso esperar que o Carnaval acabasse. Acabou um e começou outro. Loch esperou que esse outro acabasse. Veio o terceiro, o quarto, o quinto — e Loch levou mais de vinte anos com a “oil-seepage” na mão a esperar que o Carnaval acabasse...