Um homem honesto
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companheiros: o Nunes, que começou com você no cartorio, já ronca automovel e tem casa.

— Mas é um gatuno!

— Gatuno, nada! O Claraboia, esse já tem fabrica de chapeus. O sêo Miguel — até quem, meu Deus! — comprou outro dia um terrenão em Villa Mariana.

— Mas é um passador de nota falsa, mulher!

— Passador de nota falsa, nada! Tem boa cabeça, é o que é. Não vae na onda. Não é um trouxa como você!...


E não teve mais arranjo a vida do homem honrado. Adeus, paz! Adeus, concordia! Adeus, humildade! A casa tornou-se-lhe um perfeito inferno. Só ouvia suspiros, queixas, palavras duras. Perdeu a esposa. Não conseguia reconhecer a meiga companheira de outr'ora na creatura amarga, irreductivel de idéas que a visão dos tresentos contos deflagrara.

E aquelle coro que com ella faziam as meninas, sempre ironicas, sarcasticas...

— O vestido da Climène custou qui-