Página:O matuto - chronica pernambucana (1878).djvu/177

dizer-me que amanhecera um homem morto na estrada. Foi então que soube do ocorrido. Castiguei os escravos, e mandei sepultar o morto, não na bagaceira, mas na capela. Se o não sepultaram onde eu disse, não lhe fizeram injustiça; os animais do campo enterram-se nos monturos. Mas deixemos a um lado esse vil mascate, e tratemos do que nos deve merecer mais atenção. Que se deve fazer, meus amigos? Devemos ir ao encontro dos rebeldes, ou esperar que eles nos venham buscar a nossas casas?

Após um momento, respondeu o ex-alcaide-mór:

— O que entendo que se deve fazer é cuidar, sem perda de tempo, de pôr em armas cada um de nós a sua gente para o que possa acontecer.

— Sairemos ou ficaremos?

— Esperaremos prestes para dar-lhes lição tremenda.

— Para andarmos seguros, parece-me conveniente que se mande um próprio, sem perda de tempo, a Olinda, a fim de sabermos dos amigos se são precisos os nossos serviços. A sua resposta nos servirá de guia.